Exportações brasileiras cresceram dez vezes mais do que a média mundial em 2023, afirma vice-presidente


05 de Julho 10:02
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O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) divulgou nesta sexta-feira (05/01) o relatório mensal elaborado pela Secretaria de Comércio Exterior (SECEX) sobre a Balança Comercial Brasileira, referente a 2023. De acordo com o relatório, o País bateu recorde de exportações no ano passado, com 339,7 bilhões de dólares, crescimento de 1,7% em relação a 2022, de bilhões. O saldo comercial também foi inédito: 98,8 bilhões de dólares, isto é, um aumento de 60,6% em relação ao ano anterior (61,5 bilhões).


"Nós tivemos uma expansão dez vezes maior do que a média mundial, que teve um volume de exportação de 0,8% maior, e o Brasil, 8,7%, em seu volume de exportação. Ou seja: dez vezes mais", afirmou o vice-presidente da República e ministro do MDIC.


Ao anunciar os dados, Alckmin destacou como fundamental a retirada de restrições contra a exportação de tubos de aço brasileiros por parte dos Estados Unidos, vigente desde 1992, o direito antidumping, imposto a importações realizadas a preços de dumping, isto é, abaixo do custo. "Esse antidumping implicava num aumento de 103,4% dos preços das exportações brasileiras, e os EUA retirou esse direito, que vai melhorar muito as exportações de tubo de aço", comemorou.


Segundo o titular do MDIC, entre vários países, só o direito do Brasil foi retirado, e é uma conquista importante que vai expandir as exportações siderúrgicas para os Estados Unidos. "Esses dados mostram um avanço importante no primeiro ano de gestão do presidente Lula, com avaliações positivas para a economia, sustentabilidade e desenvolvimento. Hoje, o comércio exterior é fundamental para a economia e o desenvolvimento brasileiro", disse.


O relatório aponta ainda que o setor agropecuário respondeu por 24% das exportações brasileiras, somando 81,5 bilhões de dólares em 2023, com crescimento de 9% ao longo do ano. Os itens mais exportados foram: soja, com 15,6% de participação; óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (12,52%); minério de ferro e seus concentrados (8,98%);


O vice-presidente elogiou o desempenho do Banco Nacional do Desenvolvimento Social (BNDES), que bateu recorde no crédito para exportações, assim como a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), por promover o País em diversos mercados estrangeiros. Graças ao apoio do Banco público e da Agência, houve outro recorde, de 28.500 novas empresas exportadoras.


Para Alckmin, trata-se de um passo importante para estimular o comércio exterior. "Nós criamos o programa de Cultura Exportadora para toda empresa que exportar ter um salto. Nós queremos mais empresas exportando", completou.


A Política Nacional da Cultura Exportadora para inserir empresas de menor porte no mercado internacional foi lançada pelo MDIC para aumentar o número de exportadores brasileiros, especialmente entre as micro, pequenas e médias empresas. Junto de outras pastas e instituições do Governo Federal, as principais ações do programa incluem capacitação e treinamento para empresas interessadas em exportação; fomento à participação em eventos de promoção comercial; aproximação entre empresas exportadoras e instituições ofertantes de serviços relacionados à exportação e identificação de oportunidades para fomento da cultura exportadora e para exportação de produtos e serviços.


Na avaliação de Alckmin, o recorde brasileiro se deve sobretudo à retomada das relações e parcerias com países como China, Indonésia, México, Vietnã, Argélia, Uruguai e Paraguai. "O saldo comercial também foi recorde de 8,2 bilhões de dólares. Então, entre exportações e importações, houve um salto de 98,8 bilhões de dólares, 60% a mais do que o último saldo da balança comercial, e isso é muito importante porque ajuda a economia e as reservas internacionais. Esse saldo da balança comercial é extremamente expressivo", argumentou.


Outro dado positivo mencionado foi o crescimento de cerca de 3% do Produto Interno Bruto (PIB) e a diminuição do desemprego.


"Queria destacar os produtos em que nós tivemos recorde de exportação de soja, açúcar, milho, carnes, máquina para mineração e aparelhos elétricos. É um recorde de exportação de vários produtos", completou o vice-presidente.


Queda nas importações


Os números divulgados no balanço mostram que houve diminuição das importações do preço de alguns produtos importados pelo Brasil, em função da redução do valor das commodities - mercadorias primárias de origem agrícola, pecuária, mineral e ambiental que fornecem matéria-prima para a produção industrial. Quanto às importações, o Brasil chegou a 240,8 bilhões de dólares em 2023, uma redução de 11,7% em relação ao ano anterior (272,6 bilhões de dólares).


Novas oportunidades em 2024


Para Alckmin, 2024 será um ano ainda mais promissor para o comércio entre o Brasil e outros países. "Temos uma expectativa de continuar crescendo, e crescer ainda mais neste ano, com um novo recorde das exportações muito esperado, de 348 bilhões de dólares. Esse é o trabalho que será feito", afirmou.


Em sua avaliação, o empenho do Governo Federal em estabelecer relações com os continentes africano, asiático e europeu, além dos Estados Unidos e do fortalecimento do bloco Mercado Comum do Sul (Mercosul).


"É todo um esforço que o governo está fazendo: Planejamento, Relações Exteriores, Itamaraty. Estamos todos trabalhando para a gente poder expandir o comércio exterior e, com isso, gerar mais empregos no Brasil, gerar renda, estabelecer novos mercados e conquistas", argumentou.


Assista à integra da divulgação pelo canal do MDIC no YouTube:



Fonte:Empresa Brasil de Comunicação (EBC)

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